Notícias
Qualificação de Flávia Brandão Ramalho de Brito
No dia 27 de setembro de 2024, a aluna Flávia Brandão Ramalho de Brito, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental (PPGECAM), apresentou o andamento de sua pesquisa de Doutorado, intitulada "Características morfológicas, urbanas, térmicas e de radiação não ionizante: reflexos em ambientes de trabalho remoto situados em ilhas de calor na cidade de João Pessoa – Paraíba". Além do Professor Dr. Luiz Bueno da Silva, orientador da aluna, participaram da banca avaliadora as Professoras Dra. Solange Maria Leder, do PPGECAM/UFPB, e Dra. Roberta Consentino Kronka Mulfarth, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e de Design da Universidade de São Paulo (FAU/USP) . A equipe do LAT parabeniza a aluna pela aprovação no exame de qualificação e a seguir são apresentados informações sobre o trabalho e registros da apresentação.
Resumo: A pandemia da COVID-19 levou a um aumento no número de pessoas trabalhando em casa e na quantidade de tempo gasto em atividades de trabalho remoto. Dessa forma, mesmo com o alívio e fim da pandemia, as residências precisam ser capazes de responder a perguntas de como minimizar o efeito ambiental e como manter e melhorar o conforto das pessoas que passam a maior parte do tempo em casa. No entanto, nas últimas décadas, houve um aumento na compreensão das fontes modernas de radiação de baixa frequência dentro e ao redor de complexos de edifícios, e seus efeitos sobre os habitantes e seus arredores. A radiação não ionizante (RNI) é uma modalidade de radiação de baixa frequência e equipamentos eletrodomésticos, sistemas de Wi-Fi e outras tecnologias geram exposições a esses campos de radiações, além de fontes externas e características da morfologia urbana em que a edificação está inserida que podem potencializá-las. Assim, este projeto de tese tem por objetivo mensurar variáveis térmicas e de radiação não ionizante em ambientes residenciais de trabalho remoto em ilhas de calor em João Pessoa, avaliando o entorno das edificações, bem como estudar a relação entre essas variáveis no sentido de avaliar como esta relação poderá influenciar no conforto das pessoas que realizam atividades nestes ambientes. Os resultados iniciais demonstram que todos os ambientes de trabalho remoto residenciais, analisados até o presente momento, apresentaram níveis de conforto térmico e níveis de RNI acima dos níveis recomendados estabelecidos pelas normas e literatura atuais. Os resultados ressaltaram a importância da análise do conforto no ambiente interno, mas levando-se em consideração seus entornos, e levanta a hipótese que em suas adjacências pode haver fatores que intensificam níveis de desconforto nos ambientes residenciais de trabalho remoto. Os resultados apresentados devem ser considerados como reflexões de como áreas consideradas ilhas de calor podem contribuir para um aumento na temperatura ambiente tanto interna quanto externa, o que por sua vez pode influenciar a propagação e a intensidade da radiação não ionizante. Por fim, os dados apresentados fornecem indícios que rugosidade, densidade e altura de edifícios elevados podem comprometer o conforto térmico nesses ambientes, principalmente se estes estiverem situados numa ilha de calor.
